BARRÈRE, Anne; SEMBEL, Nicolas. Escola e Socialização. In: Sociologia da Escola. São Paulo: Edições Loyola, 2006, p. 15-37.

Luciano André Perosa*

         O primeiro capítulo do livro “Sociologia da Escola” os autores abordam e refletem sobre o conceito de socialização. Para tanto, foi fundamental fazer um resgate teórico com os seguintes autores: Durkheim, Pierre Bourdieu, Jean-Claude Passeron, François Dubet entre outros. Barrère e Sembel relacionam a concepção clássica com a formação moral do indivíduo, ou seja, as primeiras instituições que têm força na educação do sujeito, a família e a escola. Assim como afirma Durkheim, a família e a escola têm grande peso na formação do indivíduo, coagindo intensamente para moldá-lo conforme a sociedade necessita, uma vez que, a diversidade cultural sobressai perante a contemporaneidade.
         Num segundo momento, o conceito de socialização está relacionado à escola, que tem um papel importante na formação moral do indivíduo. Utilizando-se de teóricos como Bourdieu e Passeron, os autores abordam que a escola é apenas um processo que faz parte da sociedade. Desta maneira, a escola contribui para a reprodução social, sendo a sociedade que determina o conjunto de poder individual.
          A terceira corrente teórica abordada no capítulo pertence a François Dubet. Esta compreende a subjetividade individual perante os paradigmas escolares, uma vez que, os estudantes não são passivos frente à socialização escolar. Nessa lógica, Dubet caracteriza que os estudantes seguem três princípios: integração, estratégia e subjetivação. Assim formam-se tipos específicos e singulares de socialização, quebrando as regras fixas e universais de educação para todos os indivíduos.
         Para finalizar o capítulo, Barrère e Sembel, tratam da relação da família e a escola e, como estas se desenvolvem nas atividades extraclasses. Os autores afirmam que a sociedade não é única e que a socialização não deve possuir uma única e exclusiva fonte formadora. Ou seja, utilizar de vários recursos (culturais, esportivos e pedagógicos) para que os indivíduos tenham diferentes formações em sua socialização.

* Acadêmico do curso de licenciatura em Ciências Sociais e bolsista do PIBID – Sociologia.

Comentários

  1. Para Durkeim, a família e a escola molda o índivíduo através da coersão e a socialização na escola tem um papel importante para a moral. Para Bourdieu e Passeron a escola é apenas um processo que faz parte da sociedade. Já Dubet entende que os estudantes não são passivos frente à socialização escolar.
    Os autores do livro - Sociologia da Escola- Barrère e Sembel (2006) nos mostram que a socialização além da família e da Escola deve
    utillizar outros recursos e não deve se limitar à fontes únicas de formação.
    LUCIANO, entendo que seu texto tem boa qualidade e está condizente ao primeiro capítulo do livro.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas