Relato de Intervenção em Sala de Aula
Aline
Andréa Arpini - Bolsista do Subprojeto PIBID Ciências Sociais
A
Intervenção em sala de aula é uma prática que o PIBID desenvolve
concomitante a suas outras atividades. É uma experiência muito rica
para formação acadêmica, poder vivenciar a realidade escolar e
discutir, preparar e executar uma aula desde a graduação. Pensar a
forma mais adequada de passar para o estudante do ensino médio os
conteúdos vistos em sala de aula é uma tarefa que requer
comprometimento e responsabilidade.
Realizei
uma intervenção com uma turma de 1º ano – 1B da Escola Estadual
Érico Verissimo no dia 11 de Abril de 2014. Revisei
com os estudantes alguns conceitos trabalhados anteriormente pela
professora regente da disciplina.
Apresentei
o conceito de ritos de passagens, ou seja, os símbolos que marcam a
nossa vida do nascimento à morte, por exemplo: aniversário,
casamento, formatura, batizado. Fiz um parâmetro comparativo de como
era antes e depois desta marca social. Neste momento, utilizei o
quadro e, conforme os alunos mencionavam os exemplos, eu os escrevia
no quadro. Após isto, utilizamos o livro didático adotado pela
escola na disciplina e fizemos a leitura do texto “Os movimentos
sociais no Brasil” no capítulo 17 do livro: TOMASI, N. Sociologia
para o Ensino Médio, 2 ed, São Paulo: 2010.
Neste
momento, cada aluno leu um parágrafo em voz alta, de modo que todos
contribuíssem com a aula. Levantei a questão de como se dá o
processo de socialização do indivíduo, a sua forma de pensar, de
sentir e de agir, e como os alunos haviam visto o conceito de
ciência e senso comum. Para isso, utilizei como exemplo a Ciência e
a diferença entre a formação Social e Biológica; pensamos
qual a diferença entre este dois conceitos. Podemos dizer que a
lágrima quando analisada do ponto de vista biológico cumpre uma
função de proteção dos olhos (função físico-quimica) Já no
ponto de vista social o mesmo fenômeno é visto através de outras
perspectivas: o ato de chorar pode representar socialmente diferentes
motivos, por exemplo, o choro em um velório é diferente do choro em
uma festa de casamento ou batizado de uma criança há um sentimento
envolvido nisso (podendo ser de dor ou alegria) e é aqui que entra o
contexto social, e este contexto social faz parte da socialização
do indivíduo, do papel social deste indivíduo na sociedade.
O
conceito de “aprovação” social do indivíduo esperado pela
sociedade,como:
casar,
ter filhos, ter uma profissão e outros ritos de passagem foram
extraídos da teoria da simpatia de Adam Smith. Para explicar este
conceito, utilizamos o exemplo da vestimenta, por exemplo: se o
indivíduo vai à missa com roupa de praia, o que acontece? Ele
possivelmente vai ter uma reprovação social. Partindo desta
linha de raciocínio, pensamos o trabalho como forma de socialização.
Iniciei
com três perguntas: 1º Porque temos que trabalhar?; 2º Porque o
trabalho é tão importante na sociedade? e, 3º Quais sociedades têm
o trabalho como estrutura de funcionamento?
De
forma lúdica, ilustrei no quadro as diversas formas de trabalhos que
um indivíduo pode ter no processo de especialização, no qual um
pesca, um caça e outro planta.
E neste momento, os alunos trouxeram também a questão do mercado de
escambo, já que antes cada uma fabricava o seu produto e trocavam
entre eles.
Fizemos
novamente a leitura de “As Relações entre indivíduo e sociedade”
no capítulo 3 do livro: TOMASI, N. Sociologia para o Ensino Médio,
2 ed, São Paulo: 2010. Após retomamos com a discussão; 1º
Porque temos que trabalhar?; 2º Quais sociedades têm o trabalho
como estrutura de funcionamento?
Ao final da
atividade, pude perceber que os alunos conseguiram fixar bem a ideia
do conteúdo proposto, bem como na revisão que foi feita sobre o
conteúdo visto pela professora regente. Acredito que é sempre bom
fazer um resgate do último conteúdo visto antes de iniciar o
próximo. Utilizar o quadro é um recuso muito válido, pois percebi
que os esquemas construídos no quadro com os exemplos favorecem a
compreensão do conteúdo da aula.
REFERÊNCIAS:
STRAUSS,
Leo. História da
filosofia política/Leo Strauss e Joseph Cropsey;
tradução de Heloísa Gonçalves Barbosa; revisão técnica: Manoel
Barros da Motta – Rio de Janeiro Forense, 2013
TOMASI,
N. Sociologia
para o Ensino Médio,
2 ed, São Paulo: 2010.
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