Barrére, Anne. Sembel, Nicolas. Ordens e desordens na escola. In: Sociologia da Escola. Edições Loyola. São Paulo, 2006.
Gabriel Claro da Rosa
O capitulo intitulado “Ordens e desordens na escola” aborda a violência escolar, e visa compreender as relações destes fatos com as “novas formas de escola” e com a massificação do ensino. Os autores possuem duas abordagens de como interpretar as desordens escolares. A primeira interpretação é a de que a massificação suporta subsídios que permeiam a formação dos professores, as exigências pelas quais passam, e a própria classe a que fazem parte. O publico ao qual atendem também fazem parte desses subsídios visto que há um distanciamento social, que pode resultar em “inquietações” de outras ordens, que não eram vistas anteriormente a massificação.
A segunda interpretação que é feita pelos autores no que tange as desordens do âmbito escolar corresponde à abordagem das escolas múltiplas. O processo de mudança escolar que teve no início do século XX afastou o ideário que tinha por base as regras, a não afetividade no que tange as relações aluno-professor e também a submissão, mudando a abordagem escolar e dando nova forma a escola. Nesta nova abordagem, pode-se destacar os arquétipos de “interesse geral, comunitário ou doméstico, e o da eficácia”, sendo estes articulados com as intenções da escola e a relação que se tem entre a sociedade e a escola.
Estas novas abordagens, bem como a falta de um referencial profissional, tornam-se mais fáceis de serem compreendidas quando partimos do entendimento dos termos “massificação” e de “múltiplas escolas” lado a lado. Para que se entenda os fenômenos escolares de violência, depende-se da categoria em que se levanta o questionamento.
Neste panorama, são difundidas tentativas de regulação. Estas tentativas redefinem cidadania, o que resulta em um novo entendimento dos direitos e deveres, desígnios de ações coletivas, e também no que se refere as virtudes cívicas. Ocorre também uma passagem de autonomia para as instituições, que visa contornar a desordem, que se define pelo contexto da instituição.
Para concluir seus apontamentos, os autores contextualizam, desde o nascimento até os progressos e as dificuldades da sociologia da educação. A característica basilar desta sociologia é a unificação de seus saberes e que estes saberes continuem sendo produzidos, gerando assim, interação com os demais campos do saber.
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