BARRÈRE, Anne. SEMBEL, Nicolas. Sociologia da Escola. Edições Loyola. São Paulo: 2006.


SOCIOLOGIA DA ESCOLA PELA ÓTICA DE BARRÈRE E       SEMBEL: Terceiro Capítulo – A Escola e Aprendizagem  

*SONIA MARIA TUSSI 

Na primeira parte do terceiro capítulo “A Escola e Aprendizagem”, Barrèrre e Sembel (2006) dedicam-se a uma análise mais detalhada sobre a evolução do currículo no ensino.
A obra de Durkheim LÉvolution pedagogique en France, foi pioneira neste aspecto. O autor determinava que toda a história dos sistemas de ensino, das maneiras de pensar, de organizar e difundir a cultura escolar é analisada em função de alguns processos sociais, contra os quais é inútil lutar, processos que favorecem algumas reformas e tornam outras impossíveis. Durkheim elabora sua visão, a partir de um ponto de vista Positivista, já que determina que os saberes devam servir não ao homem como um ser perfeito e idealizado, mas sim ao homem em sua totalidade. Rejeita a pedagogia humanista, que observa o ser humano como um ser ideal, e entende o mesmo como ser real, vinculado ao social.
Um dos principais objetivos da nova sociologia da educação e “desreitificar” os saberes escolares, recoloca-los em um contexto social (FORQUIN, 1996). A mesma refuta a possiblidade de um currículo formal que assegure a igualdade de todos no acesso a escola, determinado que o mesmo acaba sendo arbitrário já que não favorece a todos de forma igualitária. A sociologia das aprendizagens escolares deve então analisar a distância entre o currículo formal e o real. De acordo com Jean-Claude Forquin a nova sociologia da educação tem por objetivo “aprender o saber veiculado pelo ensino não mais como entidade absoluta... mas como uma construção social e um objetivo social...”
Na segunda parte do capítulo, Barrére e Sembel (2006), direcionam seu estudo a relação pedagógica e suas críticas principais, afirmam que a imagem do “mestre carismático” foi bastante maltratada pela Sociologia. Sendo assim, as pedagogias novas se direcionam a encontrar meios de criar uma relação pedagógica mais centrada no conhecimento e no aluno. Porém, ainda, não existiu uma massificação da revolução pedagógica, sendo notável a permanência de dos antigos modelos no ensino secundário (dados referentes ao ensino Frances).         

* Acadêmica do Curso de Literatura em Ciências Sociais - UFFS Campus de Erechim, e bolsista pelo PIBID 

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