BARRÈRE, Anne. SEMBEL, Nicolas. Sociologia da Escola. Edições Loyola. São Paulo: 2006.

SOCIOLOGIA DA ESCOLA PELA ÓTICA DE BARRÈRE E SEMBEL: Quarto Capítulo – A Ordem e Desordens na Escola 

*SONIA MARIA TUSSI

O quarto e último capítulo do livro “Sociologia da Escola”, aborda questões como a ordem e a desordem na escola.
Para Derout (1992), existem dois movimentos principais que desregularizam a escola: A massificação da escola e a multiplicidade da escola.
De acordo com os autores, a Massificação fornece a primeira matriz de interpretação da desestabilização da forma escolar no ensino secundário. Os autores determinam que, a principal conseqüência da massificação foi produzir uma perturbação dos acordos institucionais existentes entre os diferentes patamares do sistema educacional e os públicos que a ele estavam socialmente destinados, cavando a distancia social entre professores e alunos. Ainda, afirmam que os professores do primário são cada vez menos filhos de operários e de empregados, ainda que permaneçam, proporcionalmente, mais do que os professores do secundário. Na massificação existe uma lacuna muito extensa entre alunos e professores, devido a proveniência de ambiente social destas classes.
Outra maneira de abordar a desregulamentação do sistema escolar é compreender como o projeto republicano tradicional fragmentou-se, nestes últimos anos, em vários modelos de significação – todos justificando o ato educacional, mas de modos diversos. A Escola Múltipla, a mesma propôs um modelo de pluralidade no ambiente escolar. Derout (1992) propõe três modelos eu ilustram essa pluralidade:
·         Modelo de Interesse Geral: dominante; saberes abstratos; propõe uma escola desvinculada do mundo que garantiria a imparcialidade e a neutralidade do serviço público;
·         Modelo Comunitário Doméstico:Enaltece uma escola cujo vinculo pedagógico situa-se local e afetivamente ao mesmo tempo, na qual a palavra chave é o respeito a pessoa;
·           Modelo da Eficácia: Que só triunfa paradoxalmente com base na impossibilidade concreta de ser avaliada, concepção técnica do ato educativo e preocupação constante com a atividade do serviço público.
            Ao finalizar esta leitura é possível entender que a Sociologia da Educação é uma ciência multifacetada que exige uma analise cuidadosa e aprofundada. Ainda sendo assim encerra-se este estudo com a citação de Barráre e Sembel (2006) que ilustram esta idéia:

(...) A vitalidade da Sociologia da Educação só se iguala a importância concedida à escola de hoje, quer se trate de agrupar a nação, de educar o cidadão, de integrar novas gerações, de formar uma mão de obra, ou de implementar políticas de luta contras as desigualdades sociais. Tanto no passado, como hoje , mesmo com modalidades diferentes, a escola e a educação estão sempre no cerne dos debates políticos e da sociedade (...) (BARRÈRE, SEMBEL. 2006. p. 120)


            Conclui-se, portanto, que a leitura do livro de Barrère e Sembel “Sociologia da Escola” (2006) é de grande importância para o estudo da temática social, direcionado a educação. Em todo o desenvolvimento do livro, os autores preocupam-se em trazer um referencial teórico adequado e fidedigno para embasar as idéias propostas. 

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