Literatura brasileira - Visconde de Taunay

Livro Inocência de Visconde de Taunay

Resumo: O livro Inocência, escrito em 1872 conta um romance que se passa no sertão do Brasil.
Cirino é um viajante que nasceu em São Paulo e sai de sua terra natal por volta dos seus 25 anos fugindo de uma dívida de jogos. Seu objetivo é chegar na fazenda do Leal, onde, com sua “auto-titulação” de médico, por ter aprendido a curar algumas doenças com seu pai que trabalhava  em um boticário, pretendia tratar doentes dessa região e com isso conseguir algum dinheiro.
            No meio de sua viagem encontra outro viajante, Pereira, morador do sertão que lhe oferece pouso com muito bom gosto. Cirino tinha outro destino, porém, aceitou o convite, que seria uma breve visita. Enquanto viajam pelo sertão, os dois vão conversando. Cirino fica sabendo que o rapaz é “médico” e Cirino fica sabendo que Pereira tem uma filha doente há vários dias.
            Os dois entraram em acordo e Cirino poderia tratar da filha de Pereira, Inocência de 18 anos. Antes disso, o pai deu um aviso prévio de que era uma moça linda, bondosa e que estava prometido de casamento para Manecão Doca e que não admitia qualquer contato entre eles além daquele com objetivo da cura. Cirino tinha bons modos e confirmou que não faria nada errado.
            Cirino finalmente conhece sua paciente e em meio a esse tempo chega a fazenda outro viajante pedindo pouso. É Meyer, um naturalista alemão acompanhado de seu servidor que pesquisava insetos. Pereira muito bondoso acolhe esses viajantes também e após longas conversas da mesma forma que confiava em Cirino, passa a confiar muito em Meyer pois esse traz uma carta de seu irmão Chiquinho.
            O tratamento do médico Cirino teve inicio à Inocência. Quando esses se encontraram pela 2 vez trocam olhares que se cruzam e estremecem a ambos.
            No quarto de Inocência ficava um anão, Tico, que era mudo e vigiava a moça  o tempo todo, cuidando-a com muito zelo a pedido do pai.
            Inocência melhora e Pereira, após confiar muito em Meyer lhe apresentou à menina. Os costumes de Meyer eram de pessoas do meio urbano, contrariando a do sertão, dessa forma, o alemão foi logo elogiando a menina ao pai sem ver mal algum nisso. Pereira passa a duvidar de Meyer e confiar em Cirino, contando-lhe de suas desconfianças em relação à menina. Enquanto isso acompanhava Meyer nas suas caças às borboletas para assegurar que ficaria mais tempo longe da filha.
Durante a saída dos dois aumentava o contato entre Cirino e Inocência. Os dois estavam apaixonados.
Meyer encontra uma linda borboleta e batiza-a de Papilia Innocencia em homenagem à bela moça.
Cirino e Inocência pretendem enfrentar Pereira e falar-lhe de seu amor. Mas esse preferia, certamente, matar Cirino a abrir mão de sua promessa já feita à Manecão.
Inocência fala a Cirino, - em seus encontros escondidos quando ouviam barulhos mas não viam ninguém-  que a única chance seria falar com o seu Padrinho Antônio Cesário para falar com Pereira e cancelar a promessa de casamento.
Cirino parte para falar com Cesário e no caminho conhece Manecão que vai em direção à casa de Inocência. Manecão chega à fazenda e é muito bem recebido pelo pai, mas Inocência, com comportamento  não esperado, diz que não quer se casar com ele.
Cirino fala com Cesário que lhe promete dar resposta em três dias. Nesse tempo, Pereira e Manecão descobrem, pois o anão conta com gestos, tudo o que se passou entre Cirino e Inocencia. Manecão parte para encontrar Cirino e matar-lhe. Quando Cesário chega para falar-lhe já o encontra morrendo pelos golpes de Manecão.
Alguns anos depois, na Alemanha, Meyer que há tempos já havia voltado a seu país recebia um prêmio científico pela descoberta da Papilo Innocentia. Nesse dia fazia 2 anos do falecimento de Inocência por tristeza no sertão de Sant’Ana do Parnaíba.


Temas possíveis para serem abordados a partir da obra de Visconde de Taunay : Patriarcalismo, discutindo o poder do pai sobre a filha; Feminismo, discutindo como se construía o papel da mulher na sociedade do século XIX em comparação com a mulher do século XXI; costumes do meio urbano e do meio rural e também, é possível discutir a questão de ciência em oposição ao senso comum.

Marjorie

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